A agência de classificação de risco de crédito, Fitch, essa semana afirmou que as diferenças entre o sistema
bancário cipriota e aquele maltês superam as semelhanças, ou seja, apesar de ambos serem países do euro muitos dependentes do sector
financeiro, Malta não enfrenta as dificuldades estruturais da economia
cipriota.
O setor
bancário inteiro de Malta tem ativos no valor de 789% do PIB,
tornando-se o segundo país da zona do euro (depois de Luxemburgo) com o maior sector financeiro em relação ao PIB, e superando Chipre, onde o total dos activos bancários representaram 672% do
PIB. No
entanto, os ativos dos maiores bancos de Malta equivalem a 218% do PIB, o
que, pelos padrões internacionais, está dentro da faixa normal.
Se surgirem dificuldades financeiras, é bastante provável que Malta apoie os referidos bancos centrais nacionais, mas não apoie os bancos nacionais não essenciais, e os bancos internacionais (onde o
apoio viria do banco mãe ou o seu governo).
Além disso, é provável que por um dos principais bancos nacionais, o HSBC Bank
Malta, a maior parte do apoio viria do Grupo HSBC. Isto diminui o risco de credito de Malta a mais ou menos 128% do PIB - uma porcentagem significativamente menor daquele do Chipre, onde o setor bancário nacional, que representa 466%
do PIB, mostrou-se muito grande para o soberano apoiar.
O
sistema bancário maltês também é menos vulnerável a uma retirada
desestabilizadora de depósitos de não residentes porque a
maioria desses depósitos está em bancos internacionais. Apenas 17% dos depósitos em bancos centrais nacionais de Malta são de não residentes.
Portanto Fitch atribuiu nota "A+" a Malta, com perspectiva estável.
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